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De 30 de agosto a 01 de setembro, Belém do Pará se tornou palco para um evento de relevância internacional, a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, organizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Neste encontro, um destaque brilhou na representação de Carinhanha: Valéria Pôrto, diretora de Inclusão Produtiva para as mulheres, da Secretaria de Agricultura, ativista quilombola e Engenheira Agrônoma, da comunidade quilombola de Pau D'arco e Parateca- Malhada, foi convidada para ser uma das painelistas no palco 03, que discutiu sobre "Povos indígenas e tradicionais: uma nova economia baseada em práticas ancestrais".
No evento, Pôrto pautou questões cruciais, especialmente a regularização fundiária dos territórios quilombolas. Ela compartilhou suas experiências e conhecimentos sobre bioeconomia a partir de práticas comunitárias que estão em desenvolvimento em Carinhanha.
O fórum contou também com a presença de autoridades internacionais, como Ban Ki-Moon, o 8º Secretário-Geral da ONU, o Muito Honorável Toni Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido e Irlanda do Norte, Ivan Duque, ex-presidente da Colômbia além de especialistas, profissionais de diversos setores ligados às novas economias, gestores públicos, empresários, organizações da sociedade civil e representantes de comunidades tradicionais estiveram reunidos, debatendo caminhos para um futuro sustentável na Amazônia.
O propósito principal da conferência foi ouvir as vozes das comunidades e suas propostas. Valéria Pôrto expressou o desejo de que essas propostas sejam não apenas ouvidas, mas também aceitas e incorporadas, particularmente pela indústria de mineração, para auxiliar na construção de políticas públicas e na efetivação dos direitos das comunidades. Ela enfatizou a importância da regularização fundiária e da reparação histórica como elementos centrais da discussão.
As discussões gerais dos painéis abrangeram temas como financiamento de novos modelos de negócios na região amazônica, a promoção da exploração sustentável no setor minerário e a construção de parcerias respeitosas entre empreendimentos e povos tradicionais. A presença de Carinhanha nesse cenário evidencia o compromisso do município com a busca por alternativas que respeitem a natureza e valorizem as comunidades que a habitam.
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